As refeições escolares estão na primeira linha de uma política de intervenção que engloba a educação, a saúde, a proteção ambiental e a agricultura, e que defende os refeitórios escolares como modelos de comportamentos alimentares saudáveis. A criação de um elo entre a saúde e a educação é essencial para a adoção de conhecimentos, hábitos e atitudes promotoras de saúde, não só através dos conteúdos curriculares, mas também da oferta alimentar, para que as crianças sejam progressivamente capacitadas para fazer escolhas alimentares saudáveis.
O refeitório escolar deve assumir um valor insubstituível e uma responsabilidade acrescida da prespectiva nutricional e alimentar, no que diz respeito à composição das refeições, mas também no processo de socialização e na valorização da gastronomia, elegendo-se como um espaço onde os hábitos alimentares saudáveis devem ser ensinados, estimulados e praticados.
O Nutricionista é um agente de concretização de políticas nacionais em grupos populacionais específicos. Este tem assim a dar ao setor escolar uma prática profissional baseada na oferta dos cuidados de saúde e que se manifesta nas refeições servidas, mas também no proporcionar do refeitório como instrumento pedagógico. Este desidrato é em grande parte respondido através da aplicação de um plano de ementas que concilie o objetivo de obter um elevado índice de aceitação por parte do aluno. Deve considerar-se que esta aceitação depende, em igual ou superior medida, da cultura da escola e do ambiente proporcionado no refeitório escolar, bem como das ações e do modelo educativo dos pais e/ou encarregados de educação. O sucesso da aplicação de um plano de ementas estará também relacionado com a literacia alimentar dessa comunidade escolar.
Questões como a diversificação alimentar, as aptidões culinárias, o incremento do consumo de determinados alimentos (sopa, pescado, leguminosas, hortofrutícolas) exigem do Nutricionista, estratégia adaptadas. Também a consistência e apresentação da refeição (sopa passada ou não, pescado servido com ou sem espinhas, fruta descascada ou não, o nível de processamento dos produtos), assim como a utilização de terminologia identitária da gastronomia nacional na comunicação do plano de ementas, são factores que requerem mais estudo e evidência científica para a tomada de decisão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Bento, A., Matos, C. 2007. O Nutricionista Hoje. Nutrícias, 07: 6-7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Bento, A., Matos, C. 2007. O Nutricionista Hoje. Nutrícias, 07: 6-7.
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